Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

SP - Vale do Paraíba e região

Justiça determina bloqueio de bens do prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Júnior (PL), no valor de R$ 5,7 milhões; entenda

.

Imagem de destaque da notícia
Justiça apontou superfaturamento na compra de uma área onde seria construído o novo Paço Municipal. O local foi adquirido em 2018 por R$ 12 milhões. Prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Júnior (PL)

Cláudio Gomes/PMC

A Justiça determinou, nesta terça-feira (23), o bloqueio de bens do prefeito de Caraguatatuba (SP), Aguilar Júnior (PL), no valor de R$ 5,727 milhões. Além dele, outras 10 pessoas também tiveram os bens bloqueados por improbidade administrativa na compra de um imóvel superfaturado.

? Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp

O terreno, em questão, é o local onde seria construído o prédio do Paço Municipal e foi adquirido pela Prefeitura no final de 2017. O local tem 6 mil metros quadrados e fica no bairro Sumaré.

Na decisão, o juiz Gilberto Álaby Soubihe Filho levou em consideração uma ação proposta pelo Ministério Público e alegou que "os documentos [...] indicam que houve supervalorização do bem imóvel público".

Paço Municipal de Caraguatatuba, SP

Divulgação/Prefeitura de Caraguatatuba

Segundo a gestão municipal, o imóvel foi desapropriado de forma legal e foram pagos R$ 12 milhões -- valor menor do que a avaliação imobiliária.

O MP apontou, no entanto, que, na época, o imóvel estava avaliado em R$ 6,2 milhões -- ou seja, a prefeitura teria adquirido o espaço pelo dobro do valor, causando um prejuízo de R$ 5,7 milhões aos cofres públicos.

A ação também cita outras 10 pessoas, que são empresários do ramo imobiliário e corretores de imóveis da cidade: Roberto Dias das Merces, Luiz César Flores Ferreira, Cristiane Alonso Correa, Liliane Vasconcelos Springer e Ana Cláudia Ribeiro dos Santos, que eram integrantes da comissão de revisão de lançamento de IPTU, além de Rafael Fernandes Torres (responsável pela autorização de pagamento) e Willney Schmidt, Varinia Zanetti Pereira Cardoso, Eurípedes da Silva Ferreira Filho e Elisabete Gomes da Silva Ferreira, proprietários do terreno, segundo a denúncia do MP.

À reportagem, o prefeito Aguilar Júnior negou o superfaturamento e disse que o terreno tinha três lotes, sendo que um já foi vendido por R$ 11,5 milhões.

"O valor já entrou no cofre da prefeitura. As outras duas áreas serão leiloadas nos próximos dias, o que vai dar muito mais de R$ 5 milhões. Se pegar os R$ 12 milhões e corrigir com o melhor juros, nós chegaremos a esse valor de R$ 16 milhões, com zero prejuízo ao erário", explicou.

Ele também afirmou que a construção do novo Paço Municipal não é mais um plano para a gestão atual, devido aos valores que subiram durante a pandemia da Covid-19.

A Prefeitura informou que Rafael Torres só foi citado porque era coordenador de despesa, assim como a servidora Ana Cláudia Santos, que foi mencionada porque fazia parte da comissão que avaliou o valor do terreno.

A reportagem também entrou em contato com Roberto Merces, Luiz Ferreira, Liliane Springer, Willney Schmidt e Varinia Cardoso, mas não obteve retorno. O g1 não conseguiu contato com Cristiane Correa, Eurípedes Filho e Elisabete Ferreira.

Compra do local

Em 2018, a Prefeitura de Caraguatatuba (SP) desapropriou uma área na praia do centro para construção de um novo Paço Municipal. Para isso, o governo desembolsou R$ 12 milhões e, à época, defendia a necessidade de integrar no mesmo espaço as secretarias do governo.

A área tem mais de 6 mil metros quadrados e fica entre as ruas São José dos Campos e Caçapava e foi escolhida por ser na região central, de frente para a orla, com saída para mais de uma via. No espaço, a ideia era que também fosse construído um novo prédio da Câmara.

Prefeitura de Caraguatatuba desapropria área por R$ 12 milhões para construção de novo Paço

Reprodução/Google Maps

Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

Fonte: G1.Globo

Comentários
Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis