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SP - Vale do Paraíba e região

"Era uma pessoa bem querida", diz advogado da família de jovem morto por policial militar em Paraibuna, SP

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Imagem de destaque da notícia
Tiago Henrique Batan foi morto em 11 de fevereiro, durante uma festa de carnaval. Policial que atirou contra ele foi preso nesta sexta-feira (26), em Caraguatatuba (SP). Tiago Henrique de Oliveira Batan foi morto por um policial durante o carnaval de 2024.

Arquivo pessoal

Uma pessoa alegre, querida e trabalhadora. Era assim que Tiago Henrique de Oliveira Batan, de 27 anos, era identificado pelos familiares e amigos, segundo o advogado da família. Tiago morreu durante o último carnaval, após ser baleado por um policial militar em Paraibuna (SP).

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Segundo o advogado, Eduardo Camargo, Tiago foi morar ainda criança em Paraibuna e trabalhava na montagem e desmontagem de barracas na feira da cidade.

"Muita gente conhecia ele aqui, não só os jovens, mas as pessoas mais idosas também. Há muitos anos ele trabalhava com o irmão recolhendo e montando barracas na feira. Durante a semana trabalhava em outros afazeres e todo mundo tinha ele como uma pessoa muito educada, muito tranquila. Era um jovem normal, alegre", disse o advogado.

Ainda de acordo com o advogado, Tiago faz falta principalmente para a mãe e a irmã, já que ajudava a cuidar dos sobrinhos e no sustento da casa.

"[Ele] era, dentro do contexto familiar e social, uma pessoa bem normal, bem querida principalmente, e que hoje está fazendo uma grande falta. Ele ajudava a mãe, ajudava a cuidar dos sobrinhos que residiam com a mãe, dava apoio para a irmã, então é mais uma falta para a família em relação a isso".

Agora, segundo o advogado, a família segue acreditando na Justiça e espera o esclarecimento de pelo menos outros dois pontos.

"O que a família aguarda agora é o trâmite que já está ocorrendo. Ontem, a decisão do juiz que determinou a prisão do policial que atirou, é um ponto positivo, ao ver da família, e talvez esse esclarecimento por parte do Comando da Polícia Militar, do porquê ter divulgado uma informação que é totalmente diferente do que está no vídeo, sendo que, segundo consta, eles tiveram acesso imediato ao o que está no vídeo", apontou.

Local onde Tiago Henrique Batan foi baleado e morreu, em Paraibuna, SP

Reprodução/TV Vanguarda

Morte

Tiago morreu há pouco mais de dois meses, enquanto participava de uma festa de carnaval em Paraibuna.

Imagens de câmeras de segurança da Prefeitura de Paraibuna mostram o que aconteceu na noite do dia 11 de fevereiro.

PM é preso acusado de matar homem durante carnaval em Paraibuna, SP

Nas imagens é possível ver que dois policiais abordam Tiago. Durante a abordagem, um dos PMs -- Felipe Nunes dos Santos -- agrediu o rapaz com um cassetete.

Após ser agredido, o homem revidou e eles entraram em luta corporal. Durante a briga, o policial militar sacou a arma e atirou contra Tiago. Ele caiu e morreu no local.

Nesta sexta-feira (26), após decisão da Justiça, o policial militar Felipe Nunes foi preso em Caraguatatuba (SP).

Câmeras de segurança flagraram a ação do policial que matou um morador em Paraibuna, SP

Reprodução

De acordo com o juiz, existe grande discrepância entre o depoimento do policial, que alegou ter disparado acidentalmente, e o que mostram as imagens das câmeras de segurança. Esse foi o motivo da determinação da prisão preventiva.

Por meio de nota, a Corregedoria Pública informou que "lamenta profundamente o ocorrido e informa que prendeu nesta sexta-feira (26) o policial envolvido no caso. Assim que a ocorrência foi registrada, em fevereiro, o PM foi afastado e instaurou-se um inquérito policial militar para apurar os fatos. O IPM foi relatado à Justiça no último dia 5, com o indiciamento do agente por homicídio".

Ainda segundo a Corregedoria, "paralelamente ao processo criminal, o policial responde a um processo administrativo, que poderá resultar na sua expulsão das fileiras da Corporação. A PM reforça seu compromisso com a preservação da vida e o absoluto respeito às leis. A Instituição não compactua com desvios de conduta e excessos, investigando e punindo com rigor todos os atos dessa natureza".

O g1 não conseguiu contato com a defesa de Felipe Nunes dos Santos.

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Fonte: G1.Globo

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